O PNBL também tem uma função estratégica importante: promover o crescimento de empresas de tecnologia nacionais. Fazer isso é jogar o jogo do futuro, porque a auto-suficiência em ciência e tecnologia é uma questão fundamental na “sociedade da informação”.
Padtec, Trópico, Icatel, AsGa, Gigacom, Datacom, Parks e Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), por exemplo, são empresas brasileiras de tecnologia de telecomunicações. Elas se uniram em consórcio, recentemente, para formar o Gente - Grupo de Empresas Nacionais de Tecnologia (Gente). Seu objetivo é ganhar musculatura para concorrer aos editais que a Telebrás abrirá até o fim do ano para implantar novas redes de banda larga.
A idéia é concorrer com os chineses, líderes no fornecimento de tecnologia para o setor e fornecer 100% dos produtos necessários para executar o PNBL. Com essa expectativa, os cerca de 2,5 mil funcionários que as oito empresas reúnem hoje poderá ser triplicado ao longo do Plano Nacional de Banda Larga, que tem prazo até 2014. A receita atual do consórcio é de R$ 1,2 bilhão, e pode triplicar com o projeto.
A seu favor há o “direito de preferência ao produto com tecnologia brasileira”, dispositivo legal que privilegia a compra de fabricantes nacionais, garantindo desconto de 100% do IPI incidente sobre os equipamentos nacionais. Além disso, também há a seu favor a linha de crédito de R$ 6,5 bilhões, do BNDES, para financiar a aquisição de equipamentos com tecnologia nacional.
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